Além de termos uma democracia totalmente ilusória no campo das eleições “diretas”, onde ganham aqueles que têm mais dinheiro, com relação às nossas instituições a situação infelizmente não é melhor. As decisões dos nossos tribunais superiores quando não são políticas são corruptas. Podemos relembrar os casos postados aqui mesmo neste blog (http://movca.blogspot.com/2008/08/isto-brasil-captulo-3-as-aes-da-crt.html e http://movca.blogspot.com/2008/07/isto-brasil-captulo-2-stf-sob-suspeita.html), porém eles tratam de nos fornecer exemplos novos diariamente. A nova vítima da “justiça” brasileira é o delegado Protógenes Queiróz, que liderou a investigação que colocou o banqueiro Daniel Dantas atrás das grades (bem como o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta). É lógico que, numa falsa democracia como a brasileira, ninguém coloca uma pessoa tão poderosa na cadeia e sai ileso. Pasmem: Protógenes está sendo investigado e foi colocado outro delegado no seu lugar para assumir o inquérito. Nessas horas, a mídia silencia. Porque será? O próprio delegado Protógenes vai responder:
Trecho da entrevista concedida pelo delegado da PF Protógenes Queiróz à revista Carta Capital (íntegra no link http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=2560):
Havia mesmo uma espécie de “Sistema Dantas de Comunicação”, como apelidou o jornalista Paulo Henrique Amorim?
Havia, sim, em quase todos os jornais e revistas daqui e até no exterior. Eu me espantei, fiquei assustado, porque era uma coisa que eu jamais poderia imaginar, que uma pessoa teria o poder de manipular a mídia do Brasil. Levei logo o assunto ao conhecimento do procurador (Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal de São Paulo) e ao juiz (Fausto De Sanctis, da Justiça Federal de São Paulo). Aquilo me causou uma repulsa muito grande e, no decorrer da investigação, isso foi se aprofundando a tal ponto que eu percebi que grandes veículos de comunicação estavam nas mãos do Dantas. Não as empresas todas, mas determinados jornalistas que fabricavam matérias para facilitar os negócios de Dantas, no presente e no futuro. Isso era uma coisa diária, a relação dele com esses jornalistas. Quando o interroguei, até disse a ele que ele seria mais feliz se comprasse um jornal ou uma rede de televisão, porque, como banqueiro, ele não é uma pessoa feliz.
Verbetes que provam a ausência de democracia no Brasil.
Executivo: Eleições diretas => caixa 2, financiamento privado (ganham os políticos que representam interesses de quem possui mais dinheiro), falta de educação para o povo, falta de controle do povo sobre os políticos eleitos, mídia totalmente parcial.
Legislativo: Eleições diretas => idem ao anterior; Fiscalização => após eleito o político nada mais deve aos eleitores, não prestando contas e não havendo uma ferramenta que permita aos eleitores tirá-lo do poder caso não cumpra suas promessas de campanha e vote em projetos contrários a base que o elegeu.
Judiciário: totalmente corrompido; excesso de indicações políticas para cargos importantes, como presidente do Tribunal de Contas, Desembargador dos Tribunais de 2º Grau, Ministro do STF e do STJ e etc., falta de controle popular sobre os Juízes, corporativismo do Poder Judiciário, o lobby das grandes empresas nos tribunais superiores, a necessidade do Judiciário de legislar ante a inoperância do legislativo.
Conclusão: NÃO HÁ DEMOCRACIA NO BRASIL!
Se você quiser ajudar o Delegado Protógenes, está circulando pela internet o e-mail abaixo. Copie e repasse o mesmo para seus contatos:
Exigimos justiça!
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Protógenes Queiroz é delegado da Polícia Federal. Foi quem efetuou a prisão de Paulo Maluf, do contrabandista Law Kin Chong, do banqueiro Daniel Dantas, de Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Foi ele que conduziu a Operação Satiagraha (Firmeza na Verdade), deflagrada no último dia 08 de Julho, que resultou na prisão do banqueiro corrupto Daniel Dantas, do ex-prefeito de São Paulo e também acusado de crimes de corrupção, Celso Pitta e do mega especulador, Naji Nahas. Na ocasião, Dantas foi preso por duas vezes por determinação do juiz federal Fausto de Sanctis e também liberado nas duas oportunidades pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Vale lembrar que Mendes, além de determinar a soltura de Daniel Dantas, ainda retaliou o juiz Fausto de Sanctis, que determinou as duas prisões, com denúncias na Corregedoria da Justiça Federal, numa clara demonstração de pressão pela posição firme do magistrado. Felizmente, mais de duas centenas de juízes federais se solidarizaram e se manifestaram a favor do colega e contra o presidente do STF, o que evitou medidas mais duras contra Fausto de Sanctis, que apenas cumpriu seu dever, de servidor público. Ao trombar com Dantas e sua influência nos altos escalões da República, Protógenes não recuou. Enfrenta agora o STF, que segundo o ex-ministro da justiça, Fernando Lira, em entrevista à imprensa, atua como se fosse advogado de Daniel Dantas. Enfrenta a cúpula da Polícia Federal, sob o comando de um diretor que é conhecido como "homem de José Dirceu", a mesma cúpula que lhe tirou todas as condições para seguir com suas investigações sobre Dantas, não logrando êxito em parar-lhe. Enfrenta o próprio ministro da Justiça, Tarso Genro. Enfrenta também a grande mídia, que trata o assunto como se fosse uma mera disputa interna na Polícia Federal. Logo em seguida da divulgação da Satiagraha, o delegado Protógenes foi afastado do inquérito, numa clara atitude de fragilizar a continuidade das investigações. De investigador, Protógenes passou a investigado. O juiz federal Fausto de Sanctis, que despachou as ordens de prisão contra Dantas, também é intimidado publicamente. Daniel Dantas - apelidado de "o PC Farias que deu certo" - é sutilmente colocado como vítima de métodos ilegais de investigação. Seus advogados estão ensaiando ir direto ao STF (porque será, Fernando Lira?) para invalidar toda a Satiagraha e suas conclusões. Não podemos aceitar que o banqueiro corrupto continue em liberdade enquanto o delegado e o juiz que determinaram sua prisão sejam perseguidos.
Faça sua parte e exija justiça! Colabore com esta corrente, repassando esta mensagem a todos os seus contatos.
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