segunda-feira, 30 de março de 2009

45 anos da ditadura!

Segue abaixo a programação dos eventos que rememoram os 45 Anos do golpe que implementou a Ditadura Civil-Militar Brasileira, bem como reportagem sobre o suposto assassinato (será?) do Jango.
"Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça."
Terça-feira, 14 horas: Grande expediente na Assembléia Legislativa, onde será entregue o relatório que contém evidências do assassinato de João Goulart.
Terça-feira, 19 horas: Assembléia Legislativa: Filme "Jango", com os comentários de Caroline Bauer e Carla Rodeghero
Quarta-feira, 19 horas: Assembléia Legislativa: Palestra com a professora Maria Aparecida Aquino e comentadores
As atividades na assembléia são gratuitas.

Toda a semana, a partir das 19 horas no Clube de Cultura: Ciclo de palestras sobre os 45 anos do golpe. O clube de cultura fica na Ramiro Barcelos, próximo à Osvaldo Aranha. Custo: 50 reais ou 10 reais por dia (estudante paga meia)

Família denuncia assassinato de João Goulart por envenenamento
Publicada em 12/01/2008 às 00h26m
Carter Anderson - O Globo

BRASÍLIA - A família do ex-presidente João Goulart entrou com ação na Procuradoria Geral da República em que pede a investigação sobre o suposto complô que teria levado ao assassinato por envenenamento do ex-líder petebista, deposto em 1964 e morto no exílio, na Argentina, em 1976. No pedido, consta uma entrevista feita pelo filho de Jango, João Vicente Goulart, com o uruguaio Mario Neira Barreiro, de 53 anos. Preso no presídio de segurança máxima de Charqueada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por roubo, formação de quadrilha e posse ilegal de armas, Barreiro narrou a João Vicente, durante quase três horas -em entrevista gravada - seu trabalho como agente de inteligência do governo uruguaio, nos anos 70.
Na entrevista, Barreiro detalhou a Operação Escorpião, que teria levado ao assassinato:
- Não me lembro se colocamos no Isordil, no Adelpan ou no Nifodin. Conseguimos colocar um comprimido nos remédios importados da França. Ele não poderia ser examinado por 48 horas, aquela substância poderia ser detectada - contou Barreiro, que disse ter militado na "Juventude uruguaia de pé", movimento estudantil de direita, aderindo depois ao Grupo Gama, o serviço de inteligência uruguaio.
Jango morreu na madrugada de 6 de dezembro de 1976, oficialmente de ataque cardíaco, aos 57 anos, na Fazenda La Villa, de sua propriedade, na cidade argentina de Mercedes. O corpo do ex-presidente foi enterrado em São Borja, sua cidade natal, no Rio Grande do Sul, sem passar por autópsia. Há seis anos, uma comissão externa da Câmara dos Deputados investigou a morte de Jango, sem chegar a uma conclusão.
Segundo João Vicente, Jango, que era cardiopata, recebia remédios para o coração da França e freqüentava o Hotel Liberty, em Buenos Aires, onde a família passou a morar, após deixar o Uruguai. Segundo Barreiro, as cápsulas envenenadas foram postas em frascos de remédios enviados da França para serem entregues, no hotel, a Jango. Para envenenar Jango, contou Barreiro, um agente foi infiltrado como funcionário do hotel.
Para João Vicente, documentos revelados posteriormente deram credibilidade ao que Barreiro contou.
- Surgiram depois informações sobre o serviço secreto do Itamaraty, e a colaboração entre esse serviço e os de outros países, que dão veracidade ao que ele disse. Essa colaboração já existia antes da Operação Condor diz João Vicente, sobre a ação das forças repressivas dos países do Cone Sul, que levou à morte de opositores dos regimes militares nos anos 70 e 80.
João Vicente refere-se à divulgação de documentos sobre o Centro de Informações do Exterior, o serviço secreto do Itamaraty criado nos anos 60 e que vigiava os exilados brasileiros. Ano passado, a família Goulart recebeu do governo federal sete mil documentos do extinto Serviço Nacional de Informação (SNI), incluindo fotos da festa de aniversário de Jango em 1975, na Fazenda Maldonado, no Uruguai - prova de que Jango era vigiado. (Veja fotos em que o SNI moniotorava Jango)
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/01/12/familia_denuncia_assassinato_de_joao_goulart_por_envenenamento-327991693.asp

domingo, 29 de março de 2009

Porque a Yeda Não Abre Mão do Sigilo?

Para quem quer mais informações sobre as denúncias envolvendo a governadora Yeda, recomendo a leitura do artigo abaixo, publicado na Zero Hora de 25 de março de 2009:

O fim do sigilo mostrará a corrupção,
por Luciana Genro *

Este espaço publicou artigo de ex-ministro da Justiça do governo Sarney sobre a grave denúncia feita por mim, pelo vereador Pedro Ruas e pelo presidente do PSOL, Roberto Robaina. Chega a dizer o jurista ligado ao PMDB que ilações poderiam ser feitas pelo fato de a denunciante ser filha do ministro da Justiça, e pergunta como se obtém acesso a assuntos sob apuração sigilosa na Polícia Federal. Repetindo a manobra de questionar a legitimidade da denúncia ao invés de ir ao seu conteúdo, demonstra, entretanto, total desconhecimento sobre o assunto.Não sabe que há muito tempo a PF terminou seu trabalho investigativo, que, inclusive, subsidiou a CPI do Detran. Esta CPI remeteu suas conclusões ao Ministério Público Federal e recomendou a este a continuidade das investigações. O MPF acabou fazendo um acordo de delação premiada com o senhor Lair Ferst, que entregou provas e deu depoimento incriminando a governadora Yeda, seu marido e vários secretários (muitos já ex-secretários) na fraude do Detran e no desvio de recursos da campanha eleitoral para comprar a casa da governadora. Esse acordo, que possibilitou a obtenção das provas a que nos referimos, foi feito entre Lair e o Ministério Público Federal, homologado pela juíza Simone Fortes, da Comarca de Santa Maria, e passou longe da Polícia Federal. Quem nos ataca para defender Yeda Crusius deveria ao menos saber disso. Aliás, a PF está tentando obter essas provas junto ao MP para que possa fazer, a pedido do Ministério Público Eleitoral, uma investigação das nossas denúncias no que diz respeito a caixa 2. Como o processo está protegido pelo “segredo de Justiça”, ninguém confirma ou desmente as nossas denúncias, dizem apenas que não tivemos acesso aos autos do processo.O caso é grave, e por isso não nos conformamos com este “segredo” imposto pela Justiça e viemos a público contar o que sabíamos. A morte misteriosa de Marcelo Cavalcante, que estava prestes a dar um depoimento confirmando as informações já prestadas por Lair Ferst foi a gota-d’água. Até agora não foi descartada, pelo delegado da Polícia Civil do DF, a possibilidade de homicídio e muito menos de um suicídio fruto de pressões brutais para que ele não falasse. Nós dissemos, e foi confirmado pela família de Marcelo, que a governadora esteve oferecendo um novo cargo ao seu ex-assessor poucos dias antes de sua morte. Mas a maior prova de que falamos a verdade é que a governadora, supostamente caluniada pelo PSOL, não pediu a quebra do segredo de Justiça. É ela, e todos os que querem proteger os corruptos e seguir com o desmonte do Estado, que torce para manter o sigilo desse processo. Assim, Yeda pode seguir “arrumando a (sua) casa”. O PSOL não aceita esse escândalo. Cumprimos nossa obrigação de dizer onde estão as provas do assalto aos cofres públicos. Cabe à Justiça prender os ladrões.
* Deputada federal (PSOL-RS)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Dia 26, dia de luta contra o (des)governo Yeda!

Dia 26/03/2009 se realizará um grande ato de apoio ao FORA YEDA!
É importante a participação de todos. O Governo Yeda é um fracasso em todas as áreas, porém isto não é motivo para um impeachment para os defensores da democracia. Agora, as denúncias de corrupção estão cada vez mais próximas da governadora. Para os processos talvez dependam de provas mais robustas, mas para o povo está claro! Yeda é corrupta e precisa sair já do cargo máximo dos Gaúchos!

Ex-ouvidor entrega à OAB suposto grampo com assessor de Yeda
Adão Paiani, filiado ao PSDB, diz que "um assessor muito próximo da governadora" aparece nas ligações cometendo tráfico de influência e crime eleitoral
GRACILIANO ROCHADA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Demitido do cargo de ouvidor da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o advogado Adão Paiani entregou à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) um dossiê e um CD com supostas escutas ilegais feitas, segundo ele, por um aparato clandestino de espionagem que funciona no governo gaúcho e abriu mais uma crise em que assessores diretos da governadora Yeda Crusius (PSDB) aparecem sob suspeita.Sem revelar detalhes do dossiê nem os nomes das pessoas grampeadas ilegalmente, Paiani -que é filiado ao PSDB- disse que "um assessor muito próximo da governadora" aparece nas ligações cometendo tráfico de influência e crime eleitoral.O CD, de acordo com Paiani, contém as gravações clandestinas de seis telefonemas feitos na reta final da eleição do ano passado, entre o final de setembro e o começo de outubro.A Folha apurou que o assessor grampeado ilegalmente é o chefe de gabinete da governadora, Ricardo Luís Lied. Os telefonemas grampeados foram trocados entre Lied e seu primo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Lajeado (RS) Márcio Klaus (PSDB), que foi preso antes da eleição sob acusação de compra de votos. Numa conversa, o chefe de gabinete de Yeda discute com o vereador, após a eleição, a substituição do delegado regional da Polícia Civil e do comandante da Brigada Militar na cidade, em suposta retaliação pela prisão. A troca não se concretizou."Houve tráfico de influência claro, explícito e muito cristalino", disse Paiani, sem relevar os nomes dos grampeados.Os grampos foram feitos, segundo Paiani, por policiais que operam o sistema Guardião, o programa onde ficam armazenadas escutas feitas pela Secretaria da Segurança Pública, mas sem autorização judicial. Paiani afirmou ter obtido o CD com as gravações de uma fonte cuja identidade ele preserva. Disse não saber de quem partiu a ordem nem o motivo para espionar o assessor de Yeda.Paiani disse que obteve as provas da ação ilegal dos arapongas depois do Carnaval e que não conseguiu ser recebido pela governadora ou pelo secretário da Segurança, Edson Gularte: ele foi exonerado na última terça. "São arapongas agindo dentro da máquina. [A demissão] talvez tenha a ver com a possibilidade de que eu viesse a denunciar isso", disse.Oficialmente, a demissão foi atribuída à decisão do governo de extinguir a Ouvidoria da Segurança Pública. "Se os senhores perguntarem em off para qualquer servidor da Brigada Militar ou da Polícia Civil se esse tipo de coisa [escuta ilegal] acontece, eles vão dizer que sim. A questão é que as pessoas têm medo ou não têm prova. Eu não estou em nenhuma das duas circunstâncias", afirmou.Paiani disse que sempre teve "relação de lealdade" com o governo: "Pretendia encaminhar [o dossiê] ao governo enquanto ouvidor, mas hoje não tenho mais esse compromisso", disse.(Folha de São Paulo)