quinta-feira, 19 de julho de 2007

A Verdade sobre a Celulose!

VAMOS DEIXAR ACABAREM COM O PAMPA GAÚCHO?

VAMOS DEIXAR O PAMPA VIRAR UM "DESERTO VERDE"?

Como todos devem saber as empresas transnacionais da celulose, expulsas da Europa pelo alto grau de poluição gerado pelas suas fábricas, pretendem se instalar no Estado.

Tais fábricas de papel são altamente poluidoras e a intenção é as instalarem perto do porto de Rio Grande (pois 90% do papel produzido é para exportação), o que representará, além da intoxicação do ar, grande perigo para a praia do Cassino e espécies que lá habitam.

Porém, este não é único problema!

A PLANTAÇÃO DE EUCALIPTOS CAUSA DESEMPREGO!

É vendido pela mídia empresarial, financiada por estas empresas, que a instalação de fábricas de celulose e a plantação de eucaliptos trará progresso para o Estado. Isto é a mais pura mentira! Devemos lembrar que a área utilizada para a plantação de eucaliptos é a mesma que hoje é utilizada para plantar arroz, soja, ou outros alimentos, ou seja, não é uma área ociosa. Compare o número de postos de trabalho gerados, para cada 185 hectares de terra, pela monocultura do "deserto verde" e pela agricultura familiar orientada para a produção de alimentos:

DESERTO VERDE = 1 POSTO DE TRABALHO
AGRICULTURA FAMILIAR = 50 POSTOS DE TRABALHO

A questão é matemática, a quantidade de desemprego que a plantação de eucaliptos acarretará no campo não seria compensada nem com a instalação de 10 fábricas para produzir papel. Assim, com a instalação da fábrica em Rio Grande, o desemprego, ao invés de diminuir, só vai aumentar, pois muitas pessoas terão que sair do campo e ir para as cidades mais próximas em busca de emprego.

CUIDADO! AS EMPRESAS DA CELULOSE PRETENDEM FAZER LAVAGEM CEREBRAL EM VOCÊ!

A nova tática para tentar nos convencer que a monocultura da celulose será benéfica para o Estado é cooptar setores formadores de opinião da sociedade. As empresas tradicionais de comunicação, como os veículos da RBS (Zero Hora, RBS TV, Rádio Gaúcha) e da Igreja Universal (Record/Guaíba, Correio do Povo, Rádio Guaíba), todas já contam com polpudos patrocínios destas empresas. Notem que até mesmo a Rádio Ipanema fm (94.9) de Porto Alegre, rádio conhecida pelo seu engajamento em causas nobres e luta anti-jabá, já foi cooptada pela empresa Aracruz celulose. Acaba de ser lançado o programa "Responsa FM" (sobre educação ambiental!!!) patrocinado pela empresa Aracruz Celulose, que já tem mandado "representantes" à rádio para defender seus interesses junto ao programa Talk Radio da apresentadora Kátia Suman, também patrocinado pela empresa.

OS POLÍTICOS, COMO É DE PRAXE, JÁ FORAM QUASE TODOS "COMPRADOS"!

A fim de não ter problemas com o executivo e o legislativo para terem as suas vontades atendidas pelo Estado e pela União, as empresas da celulose investem caro no financiamento de campanha. Veja alguns dos políticos que receberam grandes quantias destas empresas nas últimas eleições (notem a variedade de partidos):

Político (Partido) Empresa "patrocinadora" Financiamento (R$)
Luiz Carlos Heize (PP) Aracruz, Stora Enso, Klabin e Votorantim 49.987,16
Afonso Hamm (PP) Votorantim 48.051,92
Berfran Rosado (PPS) Aracruz e Votorantim 38.938,14
Paulo Odone (PPS) Aracruz 8.991,28
Onix Lorenzoni (PFL/DEM) Aracruz, Klabin, Votorantim 29.118,12
Beto Albuquerque (PSB) Aracruz 67.307,26
Vieira da Cunha (PDT) Aracruz e Stora Enso 32.252,15
Antonio Hohlfeldt (PMDB) Aracruz 22.236,51
Julio Cesar Redecker (PSDB) Aracruz 11.813,39
Ronaldo Zulke (PT) Aracruz, Stora Enso, Tanac 25.912,06
Adão Villaverde (PT) Aracruz 17.503,29
Fernando Marroni (PT) Votorantim 9.132,73
Luiz Fernando Schmidt (PT) Aracruz e Stora Enso 15.425,43


Agora, será que estes políticos e a mídia em geral defenderão o que é melhor para o povo, ou os interesses de quem os financiam? Vocês acreditam que essa "ajuda" não exige nada em troca?

Portanto, cuidado com o que vinculam os jornais, rádios, tv's e com o que falam os políticos, pois (quase) todos estão comprados! O poder econômico dessas multinacionais é muito grande e estão o utilizando para fazerem o que querem com nossos recursos naturais! Pensem: se realmente fosse benéfico para nós a implantação da monocultura dos eucaliptos no Estado, seria necessário este grande investimento financeiro em políticos e meios de comunicação?

SERÁ O FIM DO GAÚCHO?

ATENÇÃO! O resultado da monocultura é devastador e irreversível! Grandes mudanças estão ocorrendo no nosso Estado e não podemos ficar omissos. A mudança no campo - da produção de alimentos para o cultivo de eucaliptos para a indústria do papel - ameaça extinguir até a figura do gaúcho, muito vinculada à lida com o gado e ao cultivo da terra. Será que teremos que trocar o Laçador por um homem carregando, em vez do laço, uma motossera?

Vamos seguir culpando os políticos, ou vamos fazer algo para tomar as rédeas dessa situação?

(obs: alguns trechos e informações foram colhidas junto ao boletim ecossocialista mai/jun 2007 do PSOL/RS - contato psolecossocialista@gmail.com)

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