VAMOS DEIXAR ACABAREM COM O PAMPA GAÚCHO?
VAMOS DEIXAR O PAMPA VIRAR UM "DESERTO VERDE"?
Como todos devem saber as empresas transnacionais da celulose, expulsas da Europa pelo alto grau de poluição gerado pelas suas fábricas, pretendem se instalar no Estado.
Tais fábricas de papel são altamente poluidoras e a intenção é as instalarem perto do porto de Rio Grande (pois 90% do papel produzido é para exportação), o que representará, além da intoxicação do ar, grande perigo para a praia do Cassino e espécies que lá habitam.
Porém, este não é único problema!
A PLANTAÇÃO DE EUCALIPTOS CAUSA DESEMPREGO!
É vendido pela mídia empresarial, financiada por estas empresas, que a instalação de fábricas de celulose e a plantação de eucaliptos trará progresso para o Estado. Isto é a mais pura mentira! Devemos lembrar que a área utilizada para a plantação de eucaliptos é a mesma que hoje é utilizada para plantar arroz, soja, ou outros alimentos, ou seja, não é uma área ociosa. Compare o número de postos de trabalho gerados, para cada 185 hectares de terra, pela monocultura do "deserto verde" e pela agricultura familiar orientada para a produção de alimentos:
DESERTO VERDE = 1 POSTO DE TRABALHO
AGRICULTURA FAMILIAR = 50 POSTOS DE TRABALHO
A questão é matemática, a quantidade de desemprego que a plantação de eucaliptos acarretará no campo não seria compensada nem com a instalação de 10 fábricas para produzir papel. Assim, com a instalação da fábrica em Rio Grande, o desemprego, ao invés de diminuir, só vai aumentar, pois muitas pessoas terão que sair do campo e ir para as cidades mais próximas em busca de emprego.
CUIDADO! AS EMPRESAS DA CELULOSE PRETENDEM FAZER LAVAGEM CEREBRAL EM VOCÊ!
A nova tática para tentar nos convencer que a monocultura da celulose será benéfica para o Estado é cooptar setores formadores de opinião da sociedade. As empresas tradicionais de comunicação, como os veículos da RBS (Zero Hora, RBS TV, Rádio Gaúcha) e da Igreja Universal (Record/Guaíba, Correio do Povo, Rádio Guaíba), todas já contam com polpudos patrocínios destas empresas. Notem que até mesmo a Rádio Ipanema fm (94.9) de Porto Alegre, rádio conhecida pelo seu engajamento em causas nobres e luta anti-jabá, já foi cooptada pela empresa Aracruz celulose. Acaba de ser lançado o programa "Responsa FM" (sobre educação ambiental!!!) patrocinado pela empresa Aracruz Celulose, que já tem mandado "representantes" à rádio para defender seus interesses junto ao programa Talk Radio da apresentadora Kátia Suman, também patrocinado pela empresa.
OS POLÍTICOS, COMO É DE PRAXE, JÁ FORAM QUASE TODOS "COMPRADOS"!
A fim de não ter problemas com o executivo e o legislativo para terem as suas vontades atendidas pelo Estado e pela União, as empresas da celulose investem caro no financiamento de campanha. Veja alguns dos políticos que receberam grandes quantias destas empresas nas últimas eleições (notem a variedade de partidos):
Político (Partido) Empresa "patrocinadora" Financiamento (R$)
Luiz Carlos Heize (PP) Aracruz, Stora Enso, Klabin e Votorantim 49.987,16
Afonso Hamm (PP) Votorantim 48.051,92
Berfran Rosado (PPS) Aracruz e Votorantim 38.938,14
Paulo Odone (PPS) Aracruz 8.991,28
Onix Lorenzoni (PFL/DEM) Aracruz, Klabin, Votorantim 29.118,12
Beto Albuquerque (PSB) Aracruz 67.307,26
Vieira da Cunha (PDT) Aracruz e Stora Enso 32.252,15
Antonio Hohlfeldt (PMDB) Aracruz 22.236,51
Julio Cesar Redecker (PSDB) Aracruz 11.813,39
Ronaldo Zulke (PT) Aracruz, Stora Enso, Tanac 25.912,06
Adão Villaverde (PT) Aracruz 17.503,29
Fernando Marroni (PT) Votorantim 9.132,73
Luiz Fernando Schmidt (PT) Aracruz e Stora Enso 15.425,43
Agora, será que estes políticos e a mídia em geral defenderão o que é melhor para o povo, ou os interesses de quem os financiam? Vocês acreditam que essa "ajuda" não exige nada em troca?
Portanto, cuidado com o que vinculam os jornais, rádios, tv's e com o que falam os políticos, pois (quase) todos estão comprados! O poder econômico dessas multinacionais é muito grande e estão o utilizando para fazerem o que querem com nossos recursos naturais! Pensem: se realmente fosse benéfico para nós a implantação da monocultura dos eucaliptos no Estado, seria necessário este grande investimento financeiro em políticos e meios de comunicação?
SERÁ O FIM DO GAÚCHO?
ATENÇÃO! O resultado da monocultura é devastador e irreversível! Grandes mudanças estão ocorrendo no nosso Estado e não podemos ficar omissos. A mudança no campo - da produção de alimentos para o cultivo de eucaliptos para a indústria do papel - ameaça extinguir até a figura do gaúcho, muito vinculada à lida com o gado e ao cultivo da terra. Será que teremos que trocar o Laçador por um homem carregando, em vez do laço, uma motossera?
Vamos seguir culpando os políticos, ou vamos fazer algo para tomar as rédeas dessa situação?
(obs: alguns trechos e informações foram colhidas junto ao boletim ecossocialista mai/jun 2007 do PSOL/RS - contato psolecossocialista@gmail.com)
quinta-feira, 19 de julho de 2007
segunda-feira, 16 de julho de 2007
APOIO ÀS FÁBRICAS OCUPADAS PELOS TRABALHADORES!
TRABALHADORES IMPEDEM FECHAMENTO DE FÁBRICA E MANTÉM MAIS DE 1.000 EMPREGOS!!!
As empresas Cipla e Flaskô, de Joinville/SC e Sumaré/SP, respectivamente, estavam à beira da falência, prestes a fechar as suas portas e colocar mais de mil empregados no "olho da rua". Os direitos trabalhistas dos mesmos estavam há muito tempo atrasados e as dívidas com o INSS e com a receita apenas cresciam. A bancarrota era apenas uma questão de tempo...
Porém, numa heróica iniciativa, os trabalhadores daquelas empresas se organizaram, formaram uma comissão para gerenciar as empresas e assumiram o controle das mesmas. Os trabalhadores estão conseguindo recuperar as empresas e quitar parte das suas dívidas, o que parece que está incomodando alguns dos poderosos do nosso país! O governo federal, em Maio deste ano (2007), mandou a Polícia Federal invadir a empresa Cipla de Joinville/SC e tirar a empresa do controle dos trabalhadores. A operação não obteve êxito graças à mobilização dos Sindicatos locais e pressão dos próprios trabalhadores. Entretanto, precisamos divulgar e apoiar a iniciativa destes trabalhadores, que inclusive está prevista na nova Lei de Falências, a fim de evitar novas investidas dos reacionários governos federal e daqueles Estados. Leiam abaixo o texto que está disponível no site
http://www.fabricasocupadas.org.br sobre a lutas destes trabalhadores:
Joinville, Santa Catarina, outubro de 2002.
Os mil trabalhadores da Cipla e Interfibra, fábricas de material plástico de Joinville, Santa Catarina, entram em greve por tempo indeterminado. Motivo: Salários atrasados e direitos trabalhistas, como décimo-terceiro, férias, FGTS e INSS não depositados pelos patrões.
E com muita disposição os trabalhadores da Cipla e Interfibra se organizaram para defender mil postos de trabalho.
Durante oito dias, homens e mulheres sofrem todo o tipo de pressão e violência policial, com gases e cassetetes. Mas os piquetes crescem, e a solidariedade popular aumenta.
Ao final, os patrões jogam a toalha e reconhecem que não podem mais pagar os salários e os débitos trabalhistas, fiscais e previdenciários.
Resolvem, então, entregar as ações aos trabalhadores, que passam a administrar a empresa e retomam a produção.
Os proprietários são afastados da direção administrativa da empresa e os trabalhadores elegem uma comissão de fábrica, formada por dois representantes de cada turno de trabalho e mais vinte eleitos em assembléia.
Na nova administração, muita coisa muda....
Em menos de dois meses, a luta dos trabalhadores conquista a cidade.
Foi o que demonstrou o ato público ocorrido em treze de dezembro, que reuniu duas mil pessoas na Praça da Bandeira , em Joinville.
Desde o princípio da tomada das fábricas, os mil trabalhadores da Cipla e Interfibra recusam qualquer alternativa que cause demissão de companheiros e a perda de direitos.
Apontam, como única saída para salvar os mil postos de trabalho, a estatização das fábricas pelo governo lula.
Com essa reivindicação, 350 pessoas vão a brasília, em 11 de junho de 2003, para falar com lula.
Uma comitiva de 10 pessoas é recebida pelo presidente no palácio da alvorada.
É exposta a situação das fábricas e também apresentada a proposta de estatização.
Sumaré, junho de 2003.
A Flaskô, fábrica de plásticos do mesmo grupo econômico da Cipla e Interfibra, foi ocupada pelos 70 trabalhadores em junho de 2003.
A situação de abandono já era conhecida pelos trabalhadores da Cipla e Interfibra: salários, 13º, FGTS atrasados e não depositados pelos patrões.
Em assembléia, os trabalhadores elegeram um conselho, que passou a coordenar a fábrica;
Assim como as demais fábricas ocupadas, a Flaskô só funciona sob muita luta e mobilização política.
As dívidas deixadas pelos antigos patrões, de cerca de 70 milhões de reais, são um fantasma e ameaçam constantemente os empregos, com leilões e penhoras de equipamentos.
Relatório BNDES / BRDE / BADESC
Após a segunda caravana dos trabalhadores a Brasilia, em junho de 2004, quando a luta pela manuntenção dos empregos já estava reforçada com novos apoiadores, o ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidencia, concorda que é preciso achar uma solução duradoura para os empregos.
Uma semana depois, o governo federal encomenda ao BNDES, junto com o Banco de Desenvolvimento de Santa Catarina, o BADESC, e o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico, o BRDE, um estudo de viabilidade econômica das fábricas ocupadas.
A conclusão do estudo está expressa no relatório redigido por Dário Buzi, superintendente do BADESC:
“As fábricas são viáveis, e a única forma para manter os empregos é exigir que os entes públicos assumam o controle das empresas através de seus bancos de desenvolvimento social, o BNDES e entes estaduais.
Em outras palavras, o relatório do BNDES aponta para a estatização.
Ameaças de prisão e fechamento
As dívidas de mais de 500 milhões de reais deixadas pelos patrões, que antes não foram cobradas, são agora uma constante ameaça aos postos de trabalho.
Na ocasião da terceira caravana a Brasilia, quando os operários das Fábricas Ocupadas participaram da Marcha Nacional pela reforma agrária, de 1º a 17 de maio de 2005, juntos com trabalhadores sem-terra, Serge Goulart conversa com o Presidente Lula e lhe entrega mais um abaixo-assinado, com 25 mil assinaturas.
Ele pede o fim das ameaças de prisão e de desemprego.
Mas até agora, nenhuma solução concreta foi apresentada pelo governo aos trabalhadores...
A solidariedade e a luta se alastram
A luta pela defesa dos postos de trabalho ganha caráter nacional com a realização da Primeira Conferência Nacional em Defesa do Emprego, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril Brasileiro, no início de outubro de 2003.
531 representantes de 60 entidades de 7 estados do país discutem a situação de desemprego e do fechamento das fábricas, ferrovias e outras empresas.
Constatam que os acontecimentos que levaram à tomada da Cipla, Interfibra e Flaskô para salvar os empregos e a luta pela estatização, estão se generalizando em todo o país.
Flakepet
É o caso da Flakepet, fábrica de reciclagem de embalagens pet localizada em Itapevi, São Paulo.
Financiada três vezes pelo bndes, os patrões abandonaram a fábrica depois de longo período sem pagar salários, férias e outros direitos aos 143 trabalhadores.
Foi ocupada pelos funcionários em dezembro de 2003, mas uma reintegração de posse concedida pela justiça de Itapevi, em março de 2004, tirou os trabalhadores da fábrica com o apoio da polícia militar.
Queremos emprego e reforma agrária
Se prosseguir a atual política imposta pelo imperialismo, o parque fabril brasileiro vai caminhar para a liquidação.
Por isso, os trabalhadores reafirmam na Segunda Conferência, realizada em julho de 2004 na sede da cut em são paulo: toda fábrica quebrada é uma fábrica que tem de ser ocupada e estatizada.
Depois de três anos eleito pelos trabalhadores, o governo lula nega o atendimento das reivindicações da classe trabalhadora.
Não faz reforma agrária, não estatiza as fábricas ocupadas, e cobra as dívidas antigas feitas pelos patrões.
As empresas Cipla e Flaskô, de Joinville/SC e Sumaré/SP, respectivamente, estavam à beira da falência, prestes a fechar as suas portas e colocar mais de mil empregados no "olho da rua". Os direitos trabalhistas dos mesmos estavam há muito tempo atrasados e as dívidas com o INSS e com a receita apenas cresciam. A bancarrota era apenas uma questão de tempo...
Porém, numa heróica iniciativa, os trabalhadores daquelas empresas se organizaram, formaram uma comissão para gerenciar as empresas e assumiram o controle das mesmas. Os trabalhadores estão conseguindo recuperar as empresas e quitar parte das suas dívidas, o que parece que está incomodando alguns dos poderosos do nosso país! O governo federal, em Maio deste ano (2007), mandou a Polícia Federal invadir a empresa Cipla de Joinville/SC e tirar a empresa do controle dos trabalhadores. A operação não obteve êxito graças à mobilização dos Sindicatos locais e pressão dos próprios trabalhadores. Entretanto, precisamos divulgar e apoiar a iniciativa destes trabalhadores, que inclusive está prevista na nova Lei de Falências, a fim de evitar novas investidas dos reacionários governos federal e daqueles Estados. Leiam abaixo o texto que está disponível no site
http://www.fabricasocupadas.org.br sobre a lutas destes trabalhadores:
Joinville, Santa Catarina, outubro de 2002.
Os mil trabalhadores da Cipla e Interfibra, fábricas de material plástico de Joinville, Santa Catarina, entram em greve por tempo indeterminado. Motivo: Salários atrasados e direitos trabalhistas, como décimo-terceiro, férias, FGTS e INSS não depositados pelos patrões.
E com muita disposição os trabalhadores da Cipla e Interfibra se organizaram para defender mil postos de trabalho.
Durante oito dias, homens e mulheres sofrem todo o tipo de pressão e violência policial, com gases e cassetetes. Mas os piquetes crescem, e a solidariedade popular aumenta.
Ao final, os patrões jogam a toalha e reconhecem que não podem mais pagar os salários e os débitos trabalhistas, fiscais e previdenciários.
Resolvem, então, entregar as ações aos trabalhadores, que passam a administrar a empresa e retomam a produção.
Os proprietários são afastados da direção administrativa da empresa e os trabalhadores elegem uma comissão de fábrica, formada por dois representantes de cada turno de trabalho e mais vinte eleitos em assembléia.
Na nova administração, muita coisa muda....
Em menos de dois meses, a luta dos trabalhadores conquista a cidade.
Foi o que demonstrou o ato público ocorrido em treze de dezembro, que reuniu duas mil pessoas na Praça da Bandeira , em Joinville.
Desde o princípio da tomada das fábricas, os mil trabalhadores da Cipla e Interfibra recusam qualquer alternativa que cause demissão de companheiros e a perda de direitos.
Apontam, como única saída para salvar os mil postos de trabalho, a estatização das fábricas pelo governo lula.
Com essa reivindicação, 350 pessoas vão a brasília, em 11 de junho de 2003, para falar com lula.
Uma comitiva de 10 pessoas é recebida pelo presidente no palácio da alvorada.
É exposta a situação das fábricas e também apresentada a proposta de estatização.
Sumaré, junho de 2003.
A Flaskô, fábrica de plásticos do mesmo grupo econômico da Cipla e Interfibra, foi ocupada pelos 70 trabalhadores em junho de 2003.
A situação de abandono já era conhecida pelos trabalhadores da Cipla e Interfibra: salários, 13º, FGTS atrasados e não depositados pelos patrões.
Em assembléia, os trabalhadores elegeram um conselho, que passou a coordenar a fábrica;
Assim como as demais fábricas ocupadas, a Flaskô só funciona sob muita luta e mobilização política.
As dívidas deixadas pelos antigos patrões, de cerca de 70 milhões de reais, são um fantasma e ameaçam constantemente os empregos, com leilões e penhoras de equipamentos.
Relatório BNDES / BRDE / BADESC
Após a segunda caravana dos trabalhadores a Brasilia, em junho de 2004, quando a luta pela manuntenção dos empregos já estava reforçada com novos apoiadores, o ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidencia, concorda que é preciso achar uma solução duradoura para os empregos.
Uma semana depois, o governo federal encomenda ao BNDES, junto com o Banco de Desenvolvimento de Santa Catarina, o BADESC, e o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico, o BRDE, um estudo de viabilidade econômica das fábricas ocupadas.
A conclusão do estudo está expressa no relatório redigido por Dário Buzi, superintendente do BADESC:
“As fábricas são viáveis, e a única forma para manter os empregos é exigir que os entes públicos assumam o controle das empresas através de seus bancos de desenvolvimento social, o BNDES e entes estaduais.
Em outras palavras, o relatório do BNDES aponta para a estatização.
Ameaças de prisão e fechamento
As dívidas de mais de 500 milhões de reais deixadas pelos patrões, que antes não foram cobradas, são agora uma constante ameaça aos postos de trabalho.
Na ocasião da terceira caravana a Brasilia, quando os operários das Fábricas Ocupadas participaram da Marcha Nacional pela reforma agrária, de 1º a 17 de maio de 2005, juntos com trabalhadores sem-terra, Serge Goulart conversa com o Presidente Lula e lhe entrega mais um abaixo-assinado, com 25 mil assinaturas.
Ele pede o fim das ameaças de prisão e de desemprego.
Mas até agora, nenhuma solução concreta foi apresentada pelo governo aos trabalhadores...
A solidariedade e a luta se alastram
A luta pela defesa dos postos de trabalho ganha caráter nacional com a realização da Primeira Conferência Nacional em Defesa do Emprego, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril Brasileiro, no início de outubro de 2003.
531 representantes de 60 entidades de 7 estados do país discutem a situação de desemprego e do fechamento das fábricas, ferrovias e outras empresas.
Constatam que os acontecimentos que levaram à tomada da Cipla, Interfibra e Flaskô para salvar os empregos e a luta pela estatização, estão se generalizando em todo o país.
Flakepet
É o caso da Flakepet, fábrica de reciclagem de embalagens pet localizada em Itapevi, São Paulo.
Financiada três vezes pelo bndes, os patrões abandonaram a fábrica depois de longo período sem pagar salários, férias e outros direitos aos 143 trabalhadores.
Foi ocupada pelos funcionários em dezembro de 2003, mas uma reintegração de posse concedida pela justiça de Itapevi, em março de 2004, tirou os trabalhadores da fábrica com o apoio da polícia militar.
Queremos emprego e reforma agrária
Se prosseguir a atual política imposta pelo imperialismo, o parque fabril brasileiro vai caminhar para a liquidação.
Por isso, os trabalhadores reafirmam na Segunda Conferência, realizada em julho de 2004 na sede da cut em são paulo: toda fábrica quebrada é uma fábrica que tem de ser ocupada e estatizada.
Depois de três anos eleito pelos trabalhadores, o governo lula nega o atendimento das reivindicações da classe trabalhadora.
Não faz reforma agrária, não estatiza as fábricas ocupadas, e cobra as dívidas antigas feitas pelos patrões.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
A Verdade sobre o Pan
Este final de semana terá início os Jogos Pan-Americanos. A imprensa convencional, principalmente via canais de TV aberta, propaga e enaltece este grande evento. Porém, omitem à população que o Pan só é grande na quantidade de falcatruas. Receberemos, com honra, os times “c” de atletismo e natação dos EUA e do Canadá, o time “b” de Basquete da Argentina e assistiremos atentos a competição de futebol sub-17, enquanto isso, enriquecemos o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, com esta competição de quase 3 bilhões para os cofres públicos.
A fim de divulgar ao povo todas irregularidades que estão ocorrendo no Pan, os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano criaram o blog averdadedopan.blogspot.com, que contém todas as informações que vocês precisam saber e divulgar sobre o Pan do Rio 2007.
O artigo escrito por Sócrates e publicado na Revista Carta Capital e no blog “A Verdade do Pan” nos dá uma idéia de tudo que está ocorrendo e que a grande mídia insiste em omitir:
Feudos esportivos no Brasil
por SÓCRATES
Mantido graças aos recursos públicos, o Comitê Olímpico Brasileiro parece não se incomodar ao distribuir favores entre os conhecidos. E dizem que somos emergentes. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), como quase todas as instituições esportivas do País, é administrado como uma propriedade particular, e eterna, daquele que assume o posto mais alto na hierarquia da entidade. Com uma pequena particularidade: os recursos que tocam os projetos são originários da chamada Lei Piva. Isto é, o dinheiro é público, mas é gerido por mãos nem sempre controladas pelos órgãos da administração pública que só existem para isso. São inúmeros os exemplos e denúncias de irregularidades e de nepotismo que envolvem a entidade. No entanto, pouca coisa foi feita para evitar desperdício ou outras formas de se jogarem ativos pelo grande ralo dos escândalos que inundam o Brasil há muito. Pelo menos aqui, a pecuária ainda não se fez presente. Nem precisa!Pois vejamos: o design das roupas da delegação olímpica para os jogos foi obra de uma grande colaboradora da instituição, Mônica Conceição, que, por coincidência, é cunhada do presidente. A chefia das delegações olímpicas e pan-americanas do Brasil geralmente é oferecida, como uma forma de agradecimento pelos serviços prestados, a Marcos Vinícius Freire, diretor e companheiro da presidência. Não por acaso, Freire é também representante no País da AON Seguros, que é quem faz o seguro das seleções que defendem as cores da nossa infeliz nação.O mesmo Marcos Vinícius, aliás, por outra lógica coincidência, é sócio do galã – nada contra, nesse quesito – Ricardo Aciolly, que com tranqüilidade conquistou os direitos de comercialização dos bilhetes do Pan-Americano do Rio. Bilhetes que já estão dando o que falar, pois, obviamente, como sempre, o povão não vai querer assistir à abertura dos jogos e às partidas das seleções de vôlei assim com tanta facilidade. Isso é coisa para vips, com todo o respeito, como todos esses citados. O povo que se dane, vá ser pretensioso bem longe dos espetáculos mais valorizados. Contente-se com o Maracanã em dias de jogos de futebol dos campeonatos tupiniquins.Além disso, Acciolly ganhou também o difícil dever de organizar essas cerimônias de abertura e também as de encerramento da mesma competição. Mas a parceria mais antiga e visível é com a agência de turismo Tamoyo, de outra grande amiga. Pelo menos esta foi fruto de uma licitação, ainda que muitas das concorrentes tenham denunciado que o resultado, obviamente por a vencedora ter respeitado todas as exigências do COB, não poderia ser outro. Licitação com cartas marcadas... que absurdo! Ó povo que não sabe perder. Uma agência de turismo é tudo o que o Comitê Olímpico precisa, pois em seu balanços nota-se que em torno de 90% do que é gasto o é em viagens, inúmeras, várias, demasiadas. E não pensem que é tudo com atletas, competições, essas coisas banais, não. Afinal, que atleta precisa viajar para competir? Que o façam por aqui mesmo e que se dane o intercâmbio com outras culturas.Em vez de fomentar e disseminar a prática esportiva Brasil afora, aparentemente o órgão máximo da área esportiva tem como grande preocupação a promoção e realização de megaeventos. Chegou-se ao Pan de 2007 depois de se colocar a Cidade Maravilhosa para disputar (?) duas candidaturas olímpicas (e coordenar uma mais absurda ainda, Brasília 2000) mesmo sabendo de antemão que as chances de vitória eram nulas.Agora, o COB finalmente atingiu seu maior objetivo, que era promover na cidade um grande evento esportivo, literalmente, a qualquer custo. Esta semana começam as competições. Mesmo sem investimento em saneamento, transporte etc. espera-se que não tenhamos de passar vergonha como quando do mundial de basquete, em que goteiras no ginásio impediram o desenrolar natural dos jogos. Arenas novas e caríssimas estão aí. Umas, não se sabe como, serão utilizadas posteriormente, como o estádio de tiro e a pista de atletismo do estádio Engenhão. Outras foram construídas em propriedades particulares, como as de tênis de campo. Felizmente, há aquelas que ficaram pela metade, pois atendiam a interesses de grupos empresariais, como a moderníssima reforma na Marina da Glória, ainda que no estádio de remo da Lagoa já vislumbremos o porquê das ações que ali foram realizadas.Enfim, gastamos muito mais do que gostaríamos só para atender à vaidade de alguns indivíduos que agem acima de qualquer regra ou lógica, privilegiando poucos parentes ou vizinhos. Que essa lição possa servir de exemplo. Preparemos nossos bolsos, pois não se esqueçam que vêm aí a Copa de Futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016. E ainda dizem que somos só um país emergente.
A fim de divulgar ao povo todas irregularidades que estão ocorrendo no Pan, os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano criaram o blog averdadedopan.blogspot.com, que contém todas as informações que vocês precisam saber e divulgar sobre o Pan do Rio 2007.
O artigo escrito por Sócrates e publicado na Revista Carta Capital e no blog “A Verdade do Pan” nos dá uma idéia de tudo que está ocorrendo e que a grande mídia insiste em omitir:
Feudos esportivos no Brasil
por SÓCRATES
Mantido graças aos recursos públicos, o Comitê Olímpico Brasileiro parece não se incomodar ao distribuir favores entre os conhecidos. E dizem que somos emergentes. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), como quase todas as instituições esportivas do País, é administrado como uma propriedade particular, e eterna, daquele que assume o posto mais alto na hierarquia da entidade. Com uma pequena particularidade: os recursos que tocam os projetos são originários da chamada Lei Piva. Isto é, o dinheiro é público, mas é gerido por mãos nem sempre controladas pelos órgãos da administração pública que só existem para isso. São inúmeros os exemplos e denúncias de irregularidades e de nepotismo que envolvem a entidade. No entanto, pouca coisa foi feita para evitar desperdício ou outras formas de se jogarem ativos pelo grande ralo dos escândalos que inundam o Brasil há muito. Pelo menos aqui, a pecuária ainda não se fez presente. Nem precisa!Pois vejamos: o design das roupas da delegação olímpica para os jogos foi obra de uma grande colaboradora da instituição, Mônica Conceição, que, por coincidência, é cunhada do presidente. A chefia das delegações olímpicas e pan-americanas do Brasil geralmente é oferecida, como uma forma de agradecimento pelos serviços prestados, a Marcos Vinícius Freire, diretor e companheiro da presidência. Não por acaso, Freire é também representante no País da AON Seguros, que é quem faz o seguro das seleções que defendem as cores da nossa infeliz nação.O mesmo Marcos Vinícius, aliás, por outra lógica coincidência, é sócio do galã – nada contra, nesse quesito – Ricardo Aciolly, que com tranqüilidade conquistou os direitos de comercialização dos bilhetes do Pan-Americano do Rio. Bilhetes que já estão dando o que falar, pois, obviamente, como sempre, o povão não vai querer assistir à abertura dos jogos e às partidas das seleções de vôlei assim com tanta facilidade. Isso é coisa para vips, com todo o respeito, como todos esses citados. O povo que se dane, vá ser pretensioso bem longe dos espetáculos mais valorizados. Contente-se com o Maracanã em dias de jogos de futebol dos campeonatos tupiniquins.Além disso, Acciolly ganhou também o difícil dever de organizar essas cerimônias de abertura e também as de encerramento da mesma competição. Mas a parceria mais antiga e visível é com a agência de turismo Tamoyo, de outra grande amiga. Pelo menos esta foi fruto de uma licitação, ainda que muitas das concorrentes tenham denunciado que o resultado, obviamente por a vencedora ter respeitado todas as exigências do COB, não poderia ser outro. Licitação com cartas marcadas... que absurdo! Ó povo que não sabe perder. Uma agência de turismo é tudo o que o Comitê Olímpico precisa, pois em seu balanços nota-se que em torno de 90% do que é gasto o é em viagens, inúmeras, várias, demasiadas. E não pensem que é tudo com atletas, competições, essas coisas banais, não. Afinal, que atleta precisa viajar para competir? Que o façam por aqui mesmo e que se dane o intercâmbio com outras culturas.Em vez de fomentar e disseminar a prática esportiva Brasil afora, aparentemente o órgão máximo da área esportiva tem como grande preocupação a promoção e realização de megaeventos. Chegou-se ao Pan de 2007 depois de se colocar a Cidade Maravilhosa para disputar (?) duas candidaturas olímpicas (e coordenar uma mais absurda ainda, Brasília 2000) mesmo sabendo de antemão que as chances de vitória eram nulas.Agora, o COB finalmente atingiu seu maior objetivo, que era promover na cidade um grande evento esportivo, literalmente, a qualquer custo. Esta semana começam as competições. Mesmo sem investimento em saneamento, transporte etc. espera-se que não tenhamos de passar vergonha como quando do mundial de basquete, em que goteiras no ginásio impediram o desenrolar natural dos jogos. Arenas novas e caríssimas estão aí. Umas, não se sabe como, serão utilizadas posteriormente, como o estádio de tiro e a pista de atletismo do estádio Engenhão. Outras foram construídas em propriedades particulares, como as de tênis de campo. Felizmente, há aquelas que ficaram pela metade, pois atendiam a interesses de grupos empresariais, como a moderníssima reforma na Marina da Glória, ainda que no estádio de remo da Lagoa já vislumbremos o porquê das ações que ali foram realizadas.Enfim, gastamos muito mais do que gostaríamos só para atender à vaidade de alguns indivíduos que agem acima de qualquer regra ou lógica, privilegiando poucos parentes ou vizinhos. Que essa lição possa servir de exemplo. Preparemos nossos bolsos, pois não se esqueçam que vêm aí a Copa de Futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016. E ainda dizem que somos só um país emergente.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Apresentação
A cada dia somos invadidos por notícias via jornal, rádio, televisão e internet que nem sempre representam a correta visão dos fatos. A mídia multiplica idéiais e forma opiniões. Porém, os interesses que estão por trás, não raro, são contrários aos interesses da maioria da população.
A mídia, corporativista, omite informações até dos seus veículos concorrentes, e, principalmente, notícias contrárias aos interesses dos seus financiadores.
Em contrapartida, entre os meios de comunicação modernos a internet está ganhando cada vez mais força. Todavia, ainda incipiente, a internet é benefício de poucos, devendo ser usada apenas como uma frente, entre muitas outras atuações.
O MCA surge com esta intensão. É um movimento político apartidário, porém que não se furta de um posicionamente partidário. Pretendemos levar à população via internet, movimentos sociais, música, cultura, muros e qualquer outra forma de divulgação, as informações "proibidas" pela mídia convencional.
O MCA é um movimento livre e livre de preconceitos. Atuamos frente à democracia burguesa, no âmago da sua fraca organização institucional, bem como na clandestinidade das lutas populares do dia a dia. Livres de amarras, este movimento aceita o ingresso de qualquer pessoa que pretenda compartilhar as informações que os poderosos insistem em nos esconder. A nossa orientação política é socialista e, acima de tudo, libertária. Entretanto, fugimos de dogmas ultrapassados para atingir uma quantidade crescente de pessoas com o interesse comum de melhorar a vida da maioria da população.
Enfim, existem meios diferentes para se atingir um mesmo fim. O MCA se utiliza do compartilhamento de informações como um meio de organizar ações não-governamentais em prol da igualdade social material.
Seja bem-vindo e deixe a sua contribuição!
MCA
A mídia, corporativista, omite informações até dos seus veículos concorrentes, e, principalmente, notícias contrárias aos interesses dos seus financiadores.
Em contrapartida, entre os meios de comunicação modernos a internet está ganhando cada vez mais força. Todavia, ainda incipiente, a internet é benefício de poucos, devendo ser usada apenas como uma frente, entre muitas outras atuações.
O MCA surge com esta intensão. É um movimento político apartidário, porém que não se furta de um posicionamente partidário. Pretendemos levar à população via internet, movimentos sociais, música, cultura, muros e qualquer outra forma de divulgação, as informações "proibidas" pela mídia convencional.
O MCA é um movimento livre e livre de preconceitos. Atuamos frente à democracia burguesa, no âmago da sua fraca organização institucional, bem como na clandestinidade das lutas populares do dia a dia. Livres de amarras, este movimento aceita o ingresso de qualquer pessoa que pretenda compartilhar as informações que os poderosos insistem em nos esconder. A nossa orientação política é socialista e, acima de tudo, libertária. Entretanto, fugimos de dogmas ultrapassados para atingir uma quantidade crescente de pessoas com o interesse comum de melhorar a vida da maioria da população.
Enfim, existem meios diferentes para se atingir um mesmo fim. O MCA se utiliza do compartilhamento de informações como um meio de organizar ações não-governamentais em prol da igualdade social material.
Seja bem-vindo e deixe a sua contribuição!
MCA
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