Na semana em que a bancada ruralista da câmara utilizou todos os meios para evitar a votação da lei que pune os fazendeiros que se valerem de trabalho análogo ao escravo com a perda da propriedade, numa simples efetivação do princípio da função social da propriedade previsto na Constituição, considero oportuno que se reflita sobre a situação do trabalhador negro no Brasil.
Veja o artigo abaixo do jornalista Paulo Henrique Amorim:
O Brasil dos brancos é rico. Dos negros é muito, muito pobre!
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/05/19/o-brasil-dos-brancos-e-rico-dos-negros-e-muito-muito-pobre/
Prof Paixão: quando o Brasil terá os índices do Brasil só dos brancos ?
O programa Entrevista Record Atualidade que a Record News exibiu ontem mostrou uma entrevista com o professor Marcelo Paixão, do Instituto de Economia da UFRJ.
Ele mostrou alguns dados que deveriam dar muito orgulho aos brasileiros (da elite):
Os negros brasileiros vivem seis anos menos que os brancos.
O número de analfabetos negros é o dobro do número de brancos.
A renda dos negros é a metade da renda dos brancos.
Os negros ficam dois anos a menos na escola que os brancos.
Se desmontarmos os números do IDH, índice do desenvolvimento humano, da ONU, veremos que se o Brasil fosse só dos brancos (O SONHO DA ELITE BRASILEIRA …) ficaria na 40a. posição do IDH.
O Brasil está na 70a.
Mas, se fosse só de negros, seria um país pobre africano e ficaria na 104a. posição.
Não, nada disso, nós não somos racistas.
Tanto assim, demonstra o professor Paixão, que entre 2003 e 2009 foram libertados 40 mil brasileiros.
Isso mesmo, amigo navegante, “libertados”, ou seja, abandonaram a posição de escravos, porque viviam em fazendas sob o regime servil: não recebiam remuneração para poder pagar dívidas impagáveis.
Desses 40 mil escravos, 73,5% eram negros.
Ora direis, mas o Brasil é um país negro.
Sim, 50,5% da população é negra.
Mas, dos escravos, 73,5% são negros.
Não, amigo navegante, o professor Paixão exagera.
Não, não somos um país racista.
A última coisa de que o Brasil precisa é de ações afirmativas, como, por exemplo, cotas para negros nas universidades.
Isso é recurso de país pobre, subdesenvolvido, como os Estados Unidos.
E viva a democracia racial do Brasil !
Viva !
Em tempo: para demonstrar que nós não somos racistas, recomendamos a leitura dos posts (EUA e Brasil se unem para combater o racismo. Ué, mas nós somos racistas ?, Chuíça (*): PMs de Serra espancam motoboy até a morte na frente da mãe e Polícia de Serra é racista e quis matar motoboy. Por que ele não criou uma Sec. de Segurança em SP? ) que tratam da morte do motoboy negro Eduardo, dentro de um quartel da PM de SP, e da transformação em réus, por crime racismo, dos PMS de São Paulo que mataram Alexandre, um motoboy negro.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
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